Solidão
Quatro horas da manhã,
A solidão seqüestrou meu sono
Golpeando meus olhos castanhos.
Ao invés de um repouso noturno,
Passos sem nenhuma direção.
Fraquejei quando tentei esquecê-la,
Castiguei o meu cinquentão coração,
Tentando arrancá-la de uma só vez.
Pôs-me em atrito no conflito
Dessa desilusão rebelada no adeus.
Sonhos desfeitos denunciando o fardo
Que um de nós carregaria desse amor.
Há tempo não dávamos uma gargalhada,
Não andávamos juntos como antes,
Lambendo carinhosamente o sorvete do outro,
Já não ouvíamos as nossas canções prediletas,
Deixamos de lado até as nossas bicicletas,
Nossos risos impregnaram-se na velha estante,
Ali, perplexa, a nos espiar chorando.
Fatalmente triste o meu coração
Lutará para ver o sol da manhã;
Uma xícara de café com torradas,
Com o toque da sua geléia de goiaba,
E a lembrança do seu olhar permanente,
A viajar soprando o misto-quente.
Autor: Marcos Aurélio Mendes Cerqueira
Do Livro ‘ETRESONHOS’ [Inédito].
Data: 29/09/2009.
Marcos,
ResponderExcluirsuas poesias realmente sao marcantes , impossível nao gostar de todas . . .
E quanto ao blog . . . Muito bom! Ele nos mostra realmente aquilo que você falou: que foi feito com muito carinho e dedicaçao , espero que fique cada vez melhor!
E nesse dia de tristeza de todo país te desejo muito sucesso e felicidades !
beijos ,
júlia